terça-feira, 15 de julho de 2008

Entrevista com Cátia Rodrigues

Com 19 anos de idade, Cátia Rodrigues já expôs obras em Paris, em Itália e um pouco por todo o lado. A jovem criadora plástica reúne mais de 40 trabalhos, desde esculturas, aguarelas e pinturas a acrílico e a óleo.
Nasceu em 1988 em Vale de Cambra, e frequentou um curso particular de Pintura, Desenho e Artes Plásticas. Está actualmente a tirar o curso de Arquitectura, na Universidade Lusíada, no Porto.
“A minha arte é a melhor forma de exteriorizar o que penso e sinto, aliviando o meu espírito das exageradas cargas emocionais”.


Quando surgiu o gosto pela arte?
O gosto pela arte surgiu desde muito cedo, mas só comecei a explorá-lo e a cultivá-lo a partir do 9º ano de escolaridade, quando iniciei o curso particular de desenho, pintura e artes plásticas.


Onde vais buscar ideias para as tuas obras?
A inspiração que tenho, quer para pintar, quer para desenhar, quer para escrever, ou esculpir, vem do meu interior. Todas das minhas obras dependeram e dependem do meu estado de espírito na sua criação e execução. Os meus sentimentos são o motor do meu processo criativo.

Há algum artista que te inspire?
Os artistas que mais admiro são Leonardo da Vinci (renascentista), Pablo Picasso (Cubista) e Salvador Dali (Surrealista). Não me inspiro nestes artistas, mas sim nos movimentos artísticos que defenderam, principalmente os movimentos de vanguarda (cubismo e surrealismo).

Qual a obra que mais prazer te deu fazer?
A obra que tive mais prazer em realizar foi o "Projecto Promissor", porque me roubou muitas horas de trabalho, tirou-me muitas horas de sono e puxou muito por mim, no sentido da minha evolução como artista. Trabalhei nele desde Outubro de 2005, até Março de 2006 (embora tenha realizado outros trabalhos ao mesmo tempo que trabalhava neste…) Foi uma peça importante, um marco na minha carreira artística, pois a partir dessa obra, direccionei a minha criatividade para um estilo que tento seguir, porque penso ser o que a minha alma transmite.

Que planos tens para o futuro?
Concluir o curso de Arquitectura e manter a minha carreira como artista plástica em simultâneo (até ver tenho conseguido conciliar tudo, embora seja muito difícil, visto que o curso me rouba muito tempo). Assim que o concluir, gostava de exercer arquitectura e artes plásticas em simultâneo. Continuar a expor as minhas obras. No que depender de mim, vou lutar sempre para que as minhas obras sejam conhecidas e admiradas pelo público.

Recebes apoios?
Sim. Tenho o apoio das pessoas que mais amo na vida, os meus pais e irmãs. São os meus pilares, é neles que me apoio para lutar cada dia …

Qual o sítio onde mais gostaste de expor as tuas obras?
O local pelo qual gostei mais de passar foi Paris (por todos e mais alguns motivos), e por Arouca, onde tive de dar uma entrevista para uma turma de alunos do ensino básico, que realizou o trabalho de Educação Visual sobre as minhas obras. Senti-me muito lisonjeada, pois na idade deles fiz o mesmo trabalho sobre as obras de Pablo Picasso.

Queres fazer uma pequena descrição de ti própria?
Artisticamente sou uma pessoa que busca sempre novas formas de expressar os seus sentimentos. Adoro trabalhar com óleo, carvão, aguarela, pastel, e principalmente com empastes e acrílico. Como pessoa, alguém que tenta sempre lutar por aquilo que acredita e por ser alguém na vida a todos os níveis...

Qual a tua maior ambição?
A minha maior ambição é que as minhas obras sejam conhecidas e admiradas pelo público, tanto as obras plásticas, como as obras arquitectónicas que desejo realizar.

Qual a mensagem que pretendes passar através das tuas obras?
A mensagem que tento passar através das minhas obras é que devemos sempre exteriorizar os nossos sentimentos de alguma forma, e lutar por eles, assim como pelos nossos objectivos de vida. Vejo as minhas obras como um reflexo da minha alma, portanto, quem os souber interpretar, conhecer-me-á por dentro.

O que te levou a entrar no curso superior de Arquitectura?
Foi a minha paixão por esta arte! As minhas obras têm muito de arquitectura, porque, dentro de mim, Artes plásticas e Arquitectura fundem-se. Uma influencia a outra, em qualquer situação. Nas minhas telas tenho a influência da paixão que tenho pela arquitectura (que reproduzi no “Projecto Promissor”), e na arquitectura tenho presentes as influências das artes plásticas.

Quais são os teus passatempos?
Claro que gosto de sair como todas as pessoas, ir ao cinema, à discoteca, etc… Mas quase não o faço devido à ausência de tempo. Quando tiro algum momento para sair, normalmente é para ir às inaugurações de exposições de artistas meus amigos, ou às minhas, e para dedicar à minha família. Aproveitar os momentos que passo com eles.

Entrevista de Andreia Pinto

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